sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Sobre Calar.

SILÊNCIO É UMA FORMA CRUEL DE PODER E TORTURA QUEM É SUBMETIDO A ELE

"Muitas vezes aquele que cala imagina, ingenuamente, que assim evita conflitos. Na  verdade dá ensejo a eles. A pessoa submetida ao silêncio é compelida a mergulhar num torturante jogo de adivinhações, sentindo-se na maior parte das vezes impotente para mudar a situação. De caso pensado ou não, o silêncio consiste num exercício tirânico e perverso de poder.
Silenciar é uma forma de excluir o outro e, em geral, assume aos olhos do interlocutor o valor de uma punição. Com a interrupção da comunicação, teme-se que se tenha retirado também o afeto.
O silêncio é uma forma de comunicação, com a peculiaridade e o agravante de  ser “vazio”. A psique não tolera esse vazio e, então, preenche-o com suposições de toda ordem. Isso facilmente resulta em insanidade, atordoamento, sofrimento psíquico. (...)
A transparência tem a grande vantagem de não enlouquecer, mesmo quando seu conteúdo é desagradável. A tortura do silêncio é infinitamente mais lesiva para o interlocutor do que qualquer realidade que o silencioso escolha calar..."
Alberto Lima - psicoterapeuta junguiano doutor em psicologia clínica


E eu digo: 
 
Já torturei com o silêncio, pensando estar apenas poupando o outro da minha ira... Mas, hoje, percebo que o silêncio, quando vindo de onde não esperamos, nos tortura sim!


Mas eu ainda prefiro que as pessoas se calem se nao tiverem nada de bom a me oferecer. Silêncio, pra mim, nos dias atuais, é paz!

Felicidade é só questão de ser…