A vida é feita de momentos, já sabemos. E os ciclos se repetem. Seja porque dividimos o tempo em frações que chamamos de anos, meses, dias, horas, minutos.
Em questão de ano, planejamos. Mas os dias correm, as horas voam. E se não tomarmos cuidado, nossas frações maiores, as quais chamamos VIDA se esvaem.
E ao olharmos pra trás, num dia de Domingo, com um vinho Carmenère ao lado, uma TV, uma música, uma conexão de 10 ou mais megas, percebemos o que fomos, somos e o que deixamos de ser.
Às vezes, talvez a cada 10 anos, nos permitimos parar para pensar e refletir, e ter crises existenciais. A primeira, a adolescência, parece que o mundo de repente vai acabar e que não resistiremos a tudo isso. E ainda por cima, temos a certeza de que ninguém nos entende. Depois, quando tudo parece se estabilizar, e enxergamos o final do túnel, ops, o final do ensino médio, lá vem a Universidade, e com ela uma gama ainda mais vasta de opções, mais sérias e ao mesmo tempo mais perigosas. Uma sensação de liberdade nunca antes experimentada, e então a adolescência passa a ser uma outra infância, onde pensávamos que sabíamos tudo. Pronto. Depois a formatura, e o trabalho! Ah, tão fácil entender porquê o trabalho aliena as pessoas! Tão mais fácil ver que nossos ideais de outrora podem ser sufocados por 8h diárias de trabalho!! E para o que nos preparamos, nem fazemos ideia. Ah, para comprarmos teto, carro, Iphone, notebook, pagar TV a cabo, internet, vinhos caros, champanhe, chocolates suíços, cervejas importadas e tudo que o dinheiro do nosso trabalho pode nos proporcionar.
É a vida. E também a morte. Morremos um pouco a cada dia. Mas temos que saber morrer. Alguns diriam: temos que saber viver. É, dá no mesmo. Porque um dia, todos vamos mesmo partir desse mundo. Encaremos o fato: vamos morrer. Assim, a melhor forma de se preparar para a morte, é VIVENDO!!
Então, como disse Bukowski, "Ache o que você ama e deixe isso te matar".
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